quarta-feira, 17 de março de 2010


"ANA NERY - A Matriarca da Enfermagem no Brasil"

RESUMO BIBLIOGRÁFICO (*13/12/1814 + 20/05/1880):

A primeira escola oficial de enfermagem de alto padrão no Brasil, fundada por Carlos Chagas em 1923, recebeu em 1926 o nome de "Ana Néri", em homenagem à primeira enfermeira brasileira, que serviu como voluntária na guerra do Paraguai. Ana Justina Ferreira Néri nasceu na vila de Cachoeira de Paraguaçu-BA, em 13 de Dezembro de 1814.

Viúva do capitão-de-fragata Isidoro Antônio Néri, viu seus filhos, o cadete Pedro Antônio Néri e os médicos Isidora Antônio Néri Filho e Justiniano de Castro Rebelo; seus irmãos Manuel Jerônimo Ferreira e Joaquim Maurício Ferreira, ambos oficiais do exército, serem convocados para a Guerra do Paraguai.

Ana Néri escreveu então ao presidente da província uma carta em que oferecia seus serviços como enfermeira enquanto durasse o conflito.

Partiu da Bahia, de onde nunca saíra, em 1865, para auxiliar o corpo de saúde do Exército, que era pequeno e contava com pouco material. Começou seu trabalho no hospital de Corrientes, onde havia, nessa época, cerca de seis mil soldados internados e algumas poucas freiras vicentinas. Mais tarde, assistiu os feridos em Salto, Humaitá, Curupaiti e Assunção.

Mulher de posses, com seus recursos montou na capital conquistada, na própria casa onde morava, uma enfermaria limpa e modelar. Ali trabalhou, abnegadamente, até o fim da guerra, na qual perdeu seu filho Justiniano e um sobrinho, que se alistara como voluntário da pátria.

De volta ao Brasil, em 1870, Ana Néri recebeu várias homenagens: foi condecorada com as medalhas de prata humanitária e da campanha e recebeu do imperador uma pensão vitalícia, com a qual educou quatro órfãos que recolhera no Paraguai. Seu retrato de corpo inteiro, obra de Vítor Meireles, figura em lugar de honra no paço municipal de Salvador. Ana Néri morreu no Rio de Janeiro-RJ, no dia 20 de Maio de 1880.
fonte:http://www.nossosaopaulo.com.br/Reg_SP/Barra_Escolha/B_AnaNery.htm

terça-feira, 2 de março de 2010

Cartas a Ditché Marie



Querida Ditché


Espero que esteja bem, você não nos escreveu mais, ficamos preocupadas com você, e sentimos sua falta.
Por aqui, tudo segue como deve ser, movimentando-se e renovando-se sempre, precisamos estar atentas a tudo! Como havia lhe dito da última vez que nos falamos, essa busca precisa ser iniciada, pois a ruptura foi feita há tempos, e está ficando cada vez mais longe, longe....
Intuição querida, intuição, essa amiga-irmã das mulheres foi perdida, e com ela a doçura,a feminilidade, a paciência, o cuidado, a maleabilidade e o sentimento.
Fomos submersas e inundadas por valores do masculino, que em excesso é maléfico, o equilíbrio e não a contra-dominância, que também nos é benéfica, porém em doses corretas, se faz necessário.
Onde está nossa feminilidade, nosso sex appeal???


Pare por um tempo, e ouça seu Eu, você se sente cansada, e te digo não precisa ter filhos, marido etc. Nós solteiras também estamos estafadas, pressionadas, profissão, relacionamento, futuro???
Formas ultrapassadas, diplomas e curriculos embolorados, e a real aptidão, paixão nunca encontramos o meio termo, o termo inteiro. Precisa de muita coragem e habilidade para se bancar, e fazer o que realmente gostamos ou do contrário, chegamos [quando chegamos] na última fase do ciclo, frustradas.
Querida, me relate seu sonho, visão, fiquei curiosíssima, daí podemos lhe falar se foi realmente uma cura espiritual ou somente sonho.
Fique em você sempre!
Beijos de luz,


Liaf

Temperamento impulsivo

“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”